Por volta das 8h, um grupo de 20 alunos
pedala, em bicicletas de bambu, rumo ao CEU (Centro Educacional Unificado) do
Jardim Paulistano, na zona oeste de São Paulo.
A cena, que parece inusitada, passa a fazer
parte da rotina de várias comunidades da periferia de São Paulo.
É o programa Escolas de Bicicletas,
iniciativa pioneira da Secretaria Municipal de Educação, que, até o final do
ano, pretende colocar 4.600 estudantes para pedalar.
“Fizemos uma pesquisa no ano passado e
constatamos que a escola era o destino final dos ciclistas. Então, juntamos
experiências de diversas capitais do mundo, como Copenhague, Bogotá e Amsterdã,
e montamos nosso próprio projeto, que une educação e sustentabilidade”, explica
Daniel Guth, coordenado-geral do programa.
A ideia é promover os benefícios que a
bicicleta traz para a sociedade. “É o meio de transporte que mais iguala as
pessoas, torna a convivência mais amigável e incentiva as relações dentro do
próprio bairro”, conta Guth.
Para isso, o projeto inclui aulas sobre
educação no trânsito e sustentabilidade. “Os alunos recebem formação e são
acompanhados por monitores em todo trajeto. Dessa forma, diversas pessoas são
impactadas”.
Fonte: Tatiane Ribeiro – Folha de
São Paulo